Pela aliança PSD-PTB, Juscelino foi eleito Presidente da República, em 3 de outubro de 1955, com 36%
dos votos válidos, a menor votação de todos os presidentes eleitos de 1945 a 1960. O vice governador
de Minas Gerais Clóvis Salgado terminou o mandato de JK que renunciou ao governo do Minas Gerais para
concorrer à presidência da república.
Naquela época as eleições se realizavam em turno único. Nesta eleição, pela primeira vez no Brasil,
se utilizou a cédula eleitoral oficial confeccionada pela Justiça Eleitoral. Antes de 1955 os próprios
partidos políticos confeccionavam e distribuíam as cédulas eleitorais.
Foi difícil o lançamento da candidatura de Juscelino, pois se acreditava em um veto militar a ela: JK
era acusado de ser apoiado pelos comunistas. Somente quando o presidente da república Café Filho
divulgou a carta dos militares na Voz do Brasil foi que Juscelino se lançou candidato, alegando que a
carta dos militares não citava o seu nome.
Para dar legitimidade e prestígio à sua candidatura a presidente, JK visitou o já idoso e venerando
ex-presidente da república Venceslau Brás em sua residência no sul de Minas. Pediu e conseguiu o apoio
do antigo presidente à sua candidatura.
A apuração dos votos foi demorada. JK obteve, em 3 de outubro de 1955, 3.077.411 votos, o general
Juarez Távora teve 2.610.462 votos, o Dr. Ademar de Barros 2.222.725 votos e Plínio Salgado 714.379 votos.
Juscelino obteve, 400 mil votos a mais que o candidato da UDN Juarez Távora, e 800 mil votos a mais que
o terceiro colocado, o ex-governador de São Paulo Ademar de Barros. Juscelino foi favorecido pelo
lançamento da candidatura de Plínio Salgado, a qual tirou votos do candidato Juarez Távora.
A UDN tentou impugnar o resultado da eleição, sob a alegação de que Juscelino não obteve vitória por
maioria absoluta dos votos. A posse de Juscelino e do vice-presidente eleito João Goulart só foi
garantida com um levante militar liderado pelo ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott, que,
em 11 de novembro de 1955, depôs o então presidente interino da República Carlos Luz. Suspeitava-se que
Carlos Luz, da UDN, não daria posse ao presidente eleito Juscelino. Assumiu a presidência, após o golpe
de 11 de novembro, o presidente do Senado Federal, Nereu Ramos, do partido de JK, o PSD. Nereu Ramos
concluiu o mandato de Getúlio Vargas que fora eleito para governar de 1951 a 1956. O Brasil permaneceu
em estado de sítio até a posse de JK em 31 de janeiro de 1956.
Postado pelo grupo: ACGRT - Anna Laura, Caroline Neboa, Giovana Mosconi, Renata Ferreira,Tainara Matsuoka.
muito bom o artigo sobre a eleição de JK, parabéns. Profª Ju
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