Morte de Getúlio Vargas emociona todo o país – História virtual
O pior dos pesadelos do governo se confirmava naquela manhã de 24 de agosto de 1954. O presidente Getúlio Vargas, recolhido aos seus aposentos no Palácio do Catete, cometia o suicídio com um tiro certeiro no peito. O corpo desfalecido de Vargas foi encontrado por seu filho Luthero. Junto a ele, um bilhete manuscrito: 'Deixo à sanha dos meus inimigos o legado de minha morte. Levo o pesar de não haver podido fazer, por este bom e generoso povo brasileiro e principalmente pelos mais necessitados, todo o bem que pretendia'. Mais tarde, uma outra carta-testamento foi encontrada.
A reação popular diante do ocorrido foi imediata. Comoção e revolta rapidamente se instalaram pelo país, com motins e protestos contra a situação que culminou com a morte do 'pai dos pobres'. No Catete, uma multidão se aglomerava e, ali mesmo, pranteava o líder. Ao mesmo tempo, todas as Forças Armadas e a Polícia se colocavam em total estado de alerta.
O governo apressou-se em manter a ordem política e social e o vice João Café Filho, pouco tempo depois, já falava como presidente: 'Não há palavras que possam descrever a minha emoção neste momento. A notícia do gesto de extremo desespero do eminente presidente da República atingiu-me como um raio. Toda a Nação deve estar como eu, profundamente traumatizada por esta tragédia sem precedente na história... Nesta hora, todos os brasileiros devem pôr de lado quaisquer pensamentos políticos ou pessoais para prestarem ao presidente Getúlio Vargas as homenagens póstumas de que é credor, pelos inestimáveis serviços que prestou à Pátria'.
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Tem início quebra-quebra nas ruas de Porto Alegre
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Assim que foi conhecida a notícia da morte de Getúlio Vargas, uma onda de paralisações e de depredação teve início nas ruas de Porto Alegre. 'A cidade ficou praticamente entregue aos impulsos emocionais dos populares exaltados', noticiava a Folha da Tarde. Jornais como o Diário de Notícias, Estado do Rio Grande e as rádios Difusora e Farroupilha foram invadidos, assim como bancos, o Clube Militar e a sede da União Democrática Nacional. Nas ruas, o quebra-quebra era generalizado, misturando-se os que choravam e os que se indignavam com a súbita morte.
‘Jamais morrerá no coração dos brasileiros’
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A frase era do então senador Alberto Pasqualini, dada à reportagem da Folha da Tarde, que embarcava para São Borja, a fim de acompanhar o sepultamento de Vargas. 'Caberá a nós, agora, levar avante o ideal de sua vida, lutando pela causa dos humildes e desafortunados, em busca de justiça social', completava o candidato ao governo do Estado. A frase tinha comprovação. Somente no Rio de Janeiro, estima-se que tenham passado 1 milhão de pessoas pelo Palácio do Catete para prestarem as últimas homenagens ao presidente. O trajeto até o Aeroporto Santos Dumont foi acompanhado por mais de 500 mil pessoas que choravam, gritavam e agitavam lenços brancos. A família do presidente, na pessoa de Lutero Vargas, dispensou as honras militares. 'Nosso eterno sinal de reconhecimento' e 'Getúlio Vargas não morreu, vive em nossos corações' eram os dizeres de algumas das faixas que acompanharam o trajeto. Repartições públicas e privadas interromperam as suas atividades naqueles dias, assim como foram também suspendidos torneios esportivos e reuniões públicas.
Congresso e Senado se manifestavam em pesar. Gustavo Capanema dedicava homenagem a Vargas: 'Não é este o momento próprio para se tratar da vida do presidente. Essa vida foi marcada por um ideal... Conheci-lhe de perto o coração. Nunca vi em seu semblante, em nenhuma circunstância, a menor sombra de rancor, ódio, antipatia ou aborrecimento para quem quer que seja'. 'A República está de luto, trêmula e horrorizada à beira do caos', dizia Jânio Quadros, então prefeito de São Paulo. A repercussão internacional da morte de Getúlio não foi menor do que a esperada. Governos de países vizinhos se manifestaram, prontamente decretando luto oficial, e jornais de Estados Unidos, Portugal, Uruguai, Venezuela, Chile e Inglaterra estamparam a notícia nas suas primeiras páginas.
Peregrinação ao túmulo de Vargas
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O corpo de Getúlio Vargas foi sepultado no mausoléo da família, em São Borja, às 11h15min do dia 26 de agosto de 1954, na presença de familiares e de discursos inflamados de nomes como João Goulart, Tancredo Neves e Osvaldo Aranha. Desde então, tem sido lugar de peregrinação em datas especiais, como este 24 de agosto e 19 de abril, data de seu nascimento, em 1882.
Darcy Vargas emocionada: ‘Getúlio, por que fizeste isto?’
Segundo noticiado pelo Correio do Povo, Darcy Vargas, esposa de Getúlio, não conteve a emoção ao encontrar o corpo do marido nos aposentos do Palácio do Catete. 'Getúlio, por que fizeste isto?', teria dito à então primeira-dama que, momentos depois, saberia da morte da irmã, enfartada ao tomar conhecimento do suicídio de Vargas. Curiosamente, Darcy morreria com a mesma idade de Getúlio, aos 78 anos, em 25 de junho de 1968.
Governo gaúcho se mobiliza para continuar mantendo a ordem
A comoção que tomou conta do povo nas ruas também se fez presente entre os integrantes do governo no Rio Grande do Sul. Secretários de Estado, chefes de departamento e funcionário graduados aos poucos se dirigiam ao Piratini a fim de prestar condolências ao governador Ernesto Dorneles, primo de Getúlio Vargas. Três comícios em frente ao Piratini foram realizados pelo governador na manhã do dia 24 e Dorneles ainda acionaria a Polícia, a Brigada Militar e o alto-comando militar no Estado para que fossem 'protegidas as propriedades particulares e que se mantivesse a ordem pública'. Ao mesmo tempo, era determinada a interrupção total de circulação de aviões, trens e ônibus intermunicipais. No dia seguinte, todo o alto-escalão do governo se dirigiu a São Borja.
Um tiro no coração
JUREMIR MACHADO DA SILVA
Trechos de ‘Getúlio, Uma Vida de Romance’ (Editora Record)
Deita-se. Vê-se no trem subindo de Porto Alegre para São Paulo, ao encontro da revolução, resfolegando rumo à batalha de Itararé, a batalha que não houve, o confronto vencido sem luta, onde percebeu, pela primeira vez, que o adversário recuava para nunca mais desistir de contra-atacar pelos flancos. Vê-se, em Porto Alegre, fardado, declarando, solene, patético, 'Rio Grande, de pé pelo Brasil. Não desmentirá teu destino heróico'.
Vem-lhe, então, à mente a frase anotada vinte e quatro anos antes, numa tarde de primavera, 3 de outubro de 1930, no seu diário de revolucionário com a faixa de presidente de Estado: 'Sinto que só o sacrifício da vida poderá resgatar o erro de um fracasso'. Agosto…, pensa. Já comi muita carne, pensa. Segura o revólver, calibre 32, cabo de madrepérola, leva-o dois dedos abaixo do mamelão esquerdo. Chegara num 24. Partiria num 24. Respira fundo, muito fundo. Se não posso impedir o golpe como homem, eu o farei como cadáver, pensa. A mão treme-lhe por um segundo, antes de petrificar-se numa decisão sem volta. É o último lance. Dispara. Um tiro no coração! Abre-se um orifício no pijama listrado.
São 8h35min de 24 de agosto de 1954, dia de São Bartolomeu e do nascimento, em 1918, de Getulinho. Em 29 de outubro de 1945, o mesmo dia, nove anos antes, da morte da sua mãe, fora deposto por seus generais. Na sua longa carreira, vencera duas eleições diretas: a primeira, em 1930, fora invalidada pela fraude e revalidada pela força das armas; a segunda, em 1950, sofrera todas as tentativas possíveis de fraude, com a patética discussão sobre a falta de maioria absoluta, e terminava, agora, pela força de uma só arma. Na rua do Catete, as pessoas, subitamente despertas, caem de joelhos e choram pelo presidente 'assassinado'.
Uma licença
JUREMIR MACHADO DA SILVA
Trechos de ‘Getúlio, Uma Vida de Romance’ (Editora Record)
Foi aí, então, que, extenuado, Getúlio disse: 'Como não chegaram a nenhuma decisão, eu vou decidir. Determino que os ministros militares mantenham a ordem pública. Se conseguirem, declaro que aceitarei uma licença. Mas se vierem me depor, encontrarão apenas o meu cadáver'. Foi aí que deu a sua caneta amarela a Tancredo como lembrança (...) Os filhos abraçam o pai. Já há outras pessoas nos corredores. Nos jardins, alguns homens barricam o palácio e carregam uma metralhadora. Tancredo, acompanhado de Amaral Peixoto, vai redigir a nota de licenciamento. José Américo, então, desabafa com Osvaldo:
—Acabamos de salvar o Brasil da revolução. Vamos agora salvar a vida do presidente. Só nós dois, homens de 30, temos para com ele compromissos mais íntimos. Vamos preparar-lhe uma saída menos trágica. Vamos poupar-lhe a vida.
—Em vez de licença, então, que seja logo a renúncia, disse Osvaldo.
—Se ele levar uma bala, quero também levar outra, disse Dona Darcy, amparada pela amiga Adalgiza Nery.
Foi aí que tudo se perdeu na bruma e no pânico. Há quem diga que a frase, sobre 'salvar a vida do presidente', foi de Osvaldo para José Américo. Foi aí que Getúlio se dirigiu para o elevador. Ao avistar o Baixinho, de olhos escancarados, não se conteve:
— Arinos, vá para casa. Depois a sua noiva vai dizer que eu estou atrapalhando o casamento.
E subiu para o quarto no terceiro piso. É aí que, enquanto redigem a nota de licenciamento, Tancredo, Osvaldo e Ernâni se lembram de Zenóbio, que saíra antes do final da reunião, batendo a porta, para 'pôr a tropa na rua'. É encontrado, ainda descendo a escada, lentamente esbaforido, mais do que nunca determinado a cumprir a missão que se impusera, embora seja tarde.
GRUPO : tree Friends : Camila M, Giovanna B , Amanda M.
A reação popular diante do ocorrido foi imediata. Comoção e revolta rapidamente se instalaram pelo país, com motins e protestos contra a situação que culminou com a morte do 'pai dos pobres'. No Catete, uma multidão se aglomerava e, ali mesmo, pranteava o líder. Ao mesmo tempo, todas as Forças Armadas e a Polícia se colocavam em total estado de alerta.
O governo apressou-se em manter a ordem política e social e o vice João Café Filho, pouco tempo depois, já falava como presidente: 'Não há palavras que possam descrever a minha emoção neste momento. A notícia do gesto de extremo desespero do eminente presidente da República atingiu-me como um raio. Toda a Nação deve estar como eu, profundamente traumatizada por esta tragédia sem precedente na história... Nesta hora, todos os brasileiros devem pôr de lado quaisquer pensamentos políticos ou pessoais para prestarem ao presidente Getúlio Vargas as homenagens póstumas de que é credor, pelos inestimáveis serviços que prestou à Pátria'.
Tem início quebra-quebra nas ruas de Porto Alegre
Assim que foi conhecida a notícia da morte de Getúlio Vargas, uma onda de paralisações e de depredação teve início nas ruas de Porto Alegre. 'A cidade ficou praticamente entregue aos impulsos emocionais dos populares exaltados', noticiava a Folha da Tarde. Jornais como o Diário de Notícias, Estado do Rio Grande e as rádios Difusora e Farroupilha foram invadidos, assim como bancos, o Clube Militar e a sede da União Democrática Nacional. Nas ruas, o quebra-quebra era generalizado, misturando-se os que choravam e os que se indignavam com a súbita morte.
‘Jamais morrerá no coração dos brasileiros’
A frase era do então senador Alberto Pasqualini, dada à reportagem da Folha da Tarde, que embarcava para São Borja, a fim de acompanhar o sepultamento de Vargas. 'Caberá a nós, agora, levar avante o ideal de sua vida, lutando pela causa dos humildes e desafortunados, em busca de justiça social', completava o candidato ao governo do Estado. A frase tinha comprovação. Somente no Rio de Janeiro, estima-se que tenham passado 1 milhão de pessoas pelo Palácio do Catete para prestarem as últimas homenagens ao presidente. O trajeto até o Aeroporto Santos Dumont foi acompanhado por mais de 500 mil pessoas que choravam, gritavam e agitavam lenços brancos. A família do presidente, na pessoa de Lutero Vargas, dispensou as honras militares. 'Nosso eterno sinal de reconhecimento' e 'Getúlio Vargas não morreu, vive em nossos corações' eram os dizeres de algumas das faixas que acompanharam o trajeto. Repartições públicas e privadas interromperam as suas atividades naqueles dias, assim como foram também suspendidos torneios esportivos e reuniões públicas.
Congresso e Senado se manifestavam em pesar. Gustavo Capanema dedicava homenagem a Vargas: 'Não é este o momento próprio para se tratar da vida do presidente. Essa vida foi marcada por um ideal... Conheci-lhe de perto o coração. Nunca vi em seu semblante, em nenhuma circunstância, a menor sombra de rancor, ódio, antipatia ou aborrecimento para quem quer que seja'. 'A República está de luto, trêmula e horrorizada à beira do caos', dizia Jânio Quadros, então prefeito de São Paulo. A repercussão internacional da morte de Getúlio não foi menor do que a esperada. Governos de países vizinhos se manifestaram, prontamente decretando luto oficial, e jornais de Estados Unidos, Portugal, Uruguai, Venezuela, Chile e Inglaterra estamparam a notícia nas suas primeiras páginas.
Peregrinação ao túmulo de Vargas
O corpo de Getúlio Vargas foi sepultado no mausoléo da família, em São Borja, às 11h15min do dia 26 de agosto de 1954, na presença de familiares e de discursos inflamados de nomes como João Goulart, Tancredo Neves e Osvaldo Aranha. Desde então, tem sido lugar de peregrinação em datas especiais, como este 24 de agosto e 19 de abril, data de seu nascimento, em 1882.
Darcy Vargas emocionada: ‘Getúlio, por que fizeste isto?’
Segundo noticiado pelo Correio do Povo, Darcy Vargas, esposa de Getúlio, não conteve a emoção ao encontrar o corpo do marido nos aposentos do Palácio do Catete. 'Getúlio, por que fizeste isto?', teria dito à então primeira-dama que, momentos depois, saberia da morte da irmã, enfartada ao tomar conhecimento do suicídio de Vargas. Curiosamente, Darcy morreria com a mesma idade de Getúlio, aos 78 anos, em 25 de junho de 1968.
Governo gaúcho se mobiliza para continuar mantendo a ordem
A comoção que tomou conta do povo nas ruas também se fez presente entre os integrantes do governo no Rio Grande do Sul. Secretários de Estado, chefes de departamento e funcionário graduados aos poucos se dirigiam ao Piratini a fim de prestar condolências ao governador Ernesto Dorneles, primo de Getúlio Vargas. Três comícios em frente ao Piratini foram realizados pelo governador na manhã do dia 24 e Dorneles ainda acionaria a Polícia, a Brigada Militar e o alto-comando militar no Estado para que fossem 'protegidas as propriedades particulares e que se mantivesse a ordem pública'. Ao mesmo tempo, era determinada a interrupção total de circulação de aviões, trens e ônibus intermunicipais. No dia seguinte, todo o alto-escalão do governo se dirigiu a São Borja.
Um tiro no coração
JUREMIR MACHADO DA SILVA
Trechos de ‘Getúlio, Uma Vida de Romance’ (Editora Record)
Deita-se. Vê-se no trem subindo de Porto Alegre para São Paulo, ao encontro da revolução, resfolegando rumo à batalha de Itararé, a batalha que não houve, o confronto vencido sem luta, onde percebeu, pela primeira vez, que o adversário recuava para nunca mais desistir de contra-atacar pelos flancos. Vê-se, em Porto Alegre, fardado, declarando, solene, patético, 'Rio Grande, de pé pelo Brasil. Não desmentirá teu destino heróico'.
Vem-lhe, então, à mente a frase anotada vinte e quatro anos antes, numa tarde de primavera, 3 de outubro de 1930, no seu diário de revolucionário com a faixa de presidente de Estado: 'Sinto que só o sacrifício da vida poderá resgatar o erro de um fracasso'. Agosto…, pensa. Já comi muita carne, pensa. Segura o revólver, calibre 32, cabo de madrepérola, leva-o dois dedos abaixo do mamelão esquerdo. Chegara num 24. Partiria num 24. Respira fundo, muito fundo. Se não posso impedir o golpe como homem, eu o farei como cadáver, pensa. A mão treme-lhe por um segundo, antes de petrificar-se numa decisão sem volta. É o último lance. Dispara. Um tiro no coração! Abre-se um orifício no pijama listrado.
São 8h35min de 24 de agosto de 1954, dia de São Bartolomeu e do nascimento, em 1918, de Getulinho. Em 29 de outubro de 1945, o mesmo dia, nove anos antes, da morte da sua mãe, fora deposto por seus generais. Na sua longa carreira, vencera duas eleições diretas: a primeira, em 1930, fora invalidada pela fraude e revalidada pela força das armas; a segunda, em 1950, sofrera todas as tentativas possíveis de fraude, com a patética discussão sobre a falta de maioria absoluta, e terminava, agora, pela força de uma só arma. Na rua do Catete, as pessoas, subitamente despertas, caem de joelhos e choram pelo presidente 'assassinado'.
Uma licença
JUREMIR MACHADO DA SILVA
Trechos de ‘Getúlio, Uma Vida de Romance’ (Editora Record)
Foi aí, então, que, extenuado, Getúlio disse: 'Como não chegaram a nenhuma decisão, eu vou decidir. Determino que os ministros militares mantenham a ordem pública. Se conseguirem, declaro que aceitarei uma licença. Mas se vierem me depor, encontrarão apenas o meu cadáver'. Foi aí que deu a sua caneta amarela a Tancredo como lembrança (...) Os filhos abraçam o pai. Já há outras pessoas nos corredores. Nos jardins, alguns homens barricam o palácio e carregam uma metralhadora. Tancredo, acompanhado de Amaral Peixoto, vai redigir a nota de licenciamento. José Américo, então, desabafa com Osvaldo:
—Acabamos de salvar o Brasil da revolução. Vamos agora salvar a vida do presidente. Só nós dois, homens de 30, temos para com ele compromissos mais íntimos. Vamos preparar-lhe uma saída menos trágica. Vamos poupar-lhe a vida.
—Em vez de licença, então, que seja logo a renúncia, disse Osvaldo.
—Se ele levar uma bala, quero também levar outra, disse Dona Darcy, amparada pela amiga Adalgiza Nery.
Foi aí que tudo se perdeu na bruma e no pânico. Há quem diga que a frase, sobre 'salvar a vida do presidente', foi de Osvaldo para José Américo. Foi aí que Getúlio se dirigiu para o elevador. Ao avistar o Baixinho, de olhos escancarados, não se conteve:
— Arinos, vá para casa. Depois a sua noiva vai dizer que eu estou atrapalhando o casamento.
E subiu para o quarto no terceiro piso. É aí que, enquanto redigem a nota de licenciamento, Tancredo, Osvaldo e Ernâni se lembram de Zenóbio, que saíra antes do final da reunião, batendo a porta, para 'pôr a tropa na rua'. É encontrado, ainda descendo a escada, lentamente esbaforido, mais do que nunca determinado a cumprir a missão que se impusera, embora seja tarde.
GRUPO : tree Friends : Camila M, Giovanna B , Amanda M.
Getúlio Vargas foi e é ainda um ídolo para muitos brasileiros, ele mudou a historia do Brasil. Profª Ju
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