sábado, 5 de novembro de 2011

golpe militar pat . 2

Ato Institucional Nº5 ou AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil. Quando o golpe militar aconteceu em 1964, algumas pessoas pensavam que aquela situação seria passageira. No entanto, ele veio com as mesmas características dos demais, ou seja, foi feito na “calada” da madrugada. Quando a população acordou os militares já estavam no poder. Era necessário que a população se organizasse para retirá-los do poder. 
A história mostra que a direita sempre foi mais organizada do que à esquerda, por isso, quando os militares assumiram criaram os famosos Atos Institucionais, mais conhecidos como Ais. Com os Atos Institucionais chegaram também as perseguições e torturas. Foi aí que os presos políticos sentiram o Ai literalmente, a dor. 
Todos os Ais afetaram a sociedade brasileira, porém o AI-5 foi mais desumano, deixando grandes seqüelas, físicas e psicológicas na sociedade. 
O AI 5 foi instalado no Brasil, durante o governo de Arthur da Costa e Silva, publicado em 13/12/1968, que lhe concedia o direito de pôr em recesso o Congresso Nacional, decretar intervenção em Estados e municípios, suspender direitos políticos, proibir manifestações sobre assuntos políticos, suspender a garantia do Habeas-corpus. 
Este ato deu a Costa e Silva e a seus sucessores, durante os dez anos de sua vigência, poderes absolutos. A censura à imprensa tornou implacável. 
Os assuntos cortados não eram substituídos por notícias inócuas e sim por poemas épicos. Tinham preferência pelos “Lusíadas” de Luís de Camões. Notícias de prisões, torturas e desaparecimentos não podiam ser publicadas. 
Nas mãos dos censores textos e imagens, movimentos eram proibidos por apresentar conteúdos - no entender dos burocratas a quem se delegara o poder de julgar – subversivo ou imoral. Alguns autores tornaram-se vítimas preferenciais. O compositor Chico Buarque de Holanda foi obrigado a criar um personagem, ao qual deu o nome de Julinho da Adelaide. Um mesmo samba, enviado a julgamento sob o nome de Chico Buarque era vetado, assinado por Julinho da Adelaide, passavam sem corte. 
A repressão que calou vozes e tirou de cena liderança política e administrativa nascente, criou um vazio que tornou cinzento os anos seguintes - até os dias atuais estamos lutando para resgatar os valores perdidos como as organizações estudantis, sindicatos e até a Igreja Católica. 
Foi diante dessa situação que muitos estudantes, sindicalistas e religiosos optaram em lutar contra o governo militar, enfrentando o AI-5. Alguns foram presos, torturados física e psicologicamente, outros morreram dentro dos porões da ditadura. Alguns foram exilados, outros se auto-exilaram. Alguns preferiram viver na clandestinidade lutando para derrubar o regime militar instaurado em 1964. 

Grupo Three  friends Camila M.  Amanda M. Giovanna B

Um comentário:

  1. foi uma época muito sofrida para a maioria da população que não podia se expressar! parabéns novamente! Profª JU

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